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Com dívidas de R$ 65 bilhões, Oi pede recuperação judicial

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Com dívidas de R$ 65 bilhões, Oi pede recuperação judicial

A operadora de telefonia Oi pediu recuperação judicial ontem (20). No total, a empresa incluiu R$ 65 bilhões em dívidas no processo. É o maior pedido de recuperação judicial já protocolado no Brasil, recorde que pertencia à OGX, do empresário Eike Batista, que em 2013 declarou à Justiça ter dívidas de R$ 11,2 bilhões.

 

As empresas – do grupo Oi – que estão incluídas no pedido são Oi Móvel S.A., Telemar Norte Leste S.A., Copart 4 Participações S.A., Copart 5 Participações S.A., Portugal Telecom International Finance BV, Oi Brasil Holdings Coöperatief U.A. O pedido foi ajuizado no Foro Central da comarca da Capital do Rio de Janeiro.

A Oi diz, no comunicado, que considerou que “a apresentação do pedido de recuperação judicial seria a medida mais adequada, neste momento, para preservar a continuidade da oferta de serviços de qualidade a seus clientes, dentro das regras e compromissos assumidos com a Anatel, manter a continuidade de seu negócio e sua função social, de forma a proteger os interesses das Empresas Oi e de suas subsidiárias, de seus clientes, de seus acionistas e demais ´stakeholders´, e proteger o caixa das Empresas Oi”.

A empresa disse, em fato relevante, que o pedido de recuperação judicial será detalhado também à assembleia geral da companhia, cuja convocação foi aprovada ontem pelo conselho de administração. A Oi acrescentou que “manterá normalmente sua atuação, com suas atividades comerciais, operacionais e administrativas e o foco nos investimentos em projetos estruturantes que visam a promover melhoria de qualidade na prestação de seus serviços, de forma a continuar levando avanços tecnológicos, alto padrão de atendimento e inovação aos clientes“.

Segundo a companhia “não existe mudança prevista na estrutura do quadro funcional ou de gestão das Empresas Oi no âmbito do processo de recuperação judicial, caso o pedido venha a ser aceito, e todas as obrigações trabalhistas da companhia e benefícios atuais serão mantidos normalmente”.

No último dia 10, o então diretor-presidente da empresa, Bayard Gontijo, renunciou ao cargo. Ele havia assumido no início do ano, após saída repentina de Zeinal Bava, que renunciou após calote de quase 1 bilhão de euros da holding Rioforte, do Grupo Espírito Santo, maior sócio da Portugal Telecom, com quem a Oi estava se fundindo.

Ao assumir, Gontijo havia prometido reestruturar a pesada dívida da empresa. Gontijo foi agora substituído pelo diretor financeiro Marco Schroeder.

A Oi encerrou o primeiro trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 1,64 bilhão. Em março, a dívida líquida da empresa estava em R$ 40,84 bilhões – alta de 7% ante o fim do ano passado, enquanto o caixa disponível ficou em R$ 8,53 bilhões, queda de 49,3% sobre o trimestre imediatamente anterior.

Alguns detalhes sobre a maior operadora de telefonia fixa do Brasil

 A Oi, anteriormente conhecida como Telemar, é a maior operadora de telefonia fixa e a quarta maior operadora de telefonia móvel do Brasil, sendo também a terceira maior empresa do setor de telecomunicações na América do Sul. Possui atualmente pouco mais de 50 milhões de clientes de telefonia móvel, além de 17 milhões de clientes de telefonia fixa.

 Formada a partir da privatização do Sistema Telebrás em 1998, a Oi herdou grande parte do sistema de telefonia fixa existente no Brasil até então, sobretudo após a aquisição da Brasil Telecom. No total, a Oi possui concessões para a oferta de serviços de telefonia fixa em 25 Estados brasileiros, além do Distrito Federal, atuando também através de autorizações nas regiões atendidas pela Vivo, Algar Telecom e Sercomtel.

 Após a aprovação de uma lei em 2011 que permitiu que empresas de telecomunicações prestassem serviço de televisão por assinatura e e efetuar a cobrança na mesma fatura, passou a oferecer aos seus clientes o serviço de TV por assinatura chamado Oi TV, possuindo atualmente aí cerca de 1 milhão de clientes.

 Desde que comprou a Brasil Telecom em maio de 2009, a Oi vinha perdendo rapidamente participação de mercado em telefonia fixa em sua área de atuação, para a GVT e a NET que focam em internet banda-larga de alta velocidade para fisgar os clientes da concessionária.

 Atualmente, o endividamento da Oi constitui-se na maior dívida entre todas as empresas de telecomunicações do Brasil.

Publicado em 21/06/2016

Fonte: Espaço Vital